domingo, 25 de setembro de 2011

A questão madeirense e a santa hipocrisia


Na semana passada, o Portugal político, dos media e dos comentadores especializados, acordam para um facto novo e desconhecido. Ao que parecia e constatando o chinfrim frenético habitual, descobriu-se que a Madeira tinha escondido, ou melhor, ocultado um avultado buraco financeiro. Os intelectuais de sempre começaram a atirar miles de milhões ao ar, como de costume, são um, não são 4, são é 7, não não, são 5 e com todo aquele ar muito seráfico de quem fez todas as contas de forma rigorosíssima, quais mestres do cálculo financeiro.
Até o Presidente da República, que cada vez mais, se vem mostrando como uma nulidade total, veio a terreiro afirmar que a Madeira ocultou informação ao BdeP e ao I.N.E., veio também, o Procurador da República, Pinto Monteiro, outra nulidade total, a afirmar aos microfones dos jornalistas, que agora é que era, que agora, de facto havia indícios criminais e por causa disso iria abrir um inquérito criminal, sem levar em conta, a importância que isso tem neste país.
Fora toda a carneirada intelectual política que consta nas folhas de vencimentos das 3 cadeias de televisão portuguesas, com todo o ar de virgens ofendidas relativamente à questão da Madeira ter ocultado, o verdadeiro défice orçamental da região.
E nesta maré opinativa, foi arrastada a opinião pública que no seu conjunto é pouco esclarecida, teve sempre a ideia que, o Alberto João, é que os sabe levar.

Mas que santa hipocrisia!

Na verdade, toda a gente sabia do descalabro da dívida da Madeira, aliás, os que sabiam foram os mesmos, que fizeram o descalabro da dívida da república.
Não há, nem existem financiamentos, ou empréstimos de centenas de milhões de euros, que se consigam ocultar. Deixam rasto, informação e registos.
Perversamente, esta situação favorece politicamente Passos Coelho, que sai com a imagem reforçada, de quem quer por as contas em ordem, de não pactuar com ilegalidades e em suma, o austero responsável. E por mais incrível que pareça, esta imagem vende.

Há uns anos atrás, foi criada a política do "endividamento zero" para a região da Madeira, pela a então Ministra das Finanças - Manuela Ferreira Leite do PSD, a que a região contornou esta política com a criação de empresas, como as Sociedades de Desenvolvimento que dessa forma conseguiram obter financiamento externo.
Tal como nas autarquias continentais, que através da criação das empresas municipais, conseguiram fazer um dois em um. Por um lado contornaram a política restritiva do endividamento e no lado político conseguiram afectar mais tachos dourados às figuras políticas, nos lugares de administração das referidas empresas, assim sendo, cada feudo regional compensava os variados equilíbrios partidários de zona.
Em boa verdade, o que se passou na Madeira, passa-se por todo o país continental, ou seja, factualmente, a merda é mesma.
Na Madeira, obviamente foi às claras, de tal modo, que no parlamento regional, chumbaram a lei das incompatibilidades, veja-se que os partidos assentes no parlamento autónomo são braços dos partidos do continente, lei surreal que permitia a dirigentes com responsabilidades governamentais que gerem a coisa pública, ao mesmo tempo, ter os seus negócios privados.

Há quem vá à Madeira, e ingenuamente, diga que de facto vê-se a obra. O que na verdade se vê, são estradas e construção civil que apenas beneficiaram construtores que cirandam à volta da famiglia Jardim, pois a pobreza continua lá e atroz. Não é por acaso que a Madeira continua a ser uma das rotas preferidas dos cruzeiros das Gay's Parade para se relacionarem com meninos, dito da forma mais simpática possível.

De buraco em buraco, o país vai-se afundando de tão esburacado que já está. Tal como o Titanic, parece que o nosso destino é o fundo do oceano atlântico.
A dívida da Madeira ainda é maior do que se fala, tendo em contas facturas com diferimento temporal à volta dos 3 anos.
O buraco do BPN, que ainda não se sabe verdadeiramente a sua real extensão.
O Millennium BCP, onde a administração de outro Jardim, fizeram vigarices incríveis, falsearam as contas do banco, manipularam a bolsa... E por baixo do tapete, o que ainda haverá?
As empresas municipais no seu conjunto, alguém sabe ao certo da sua dívida total?
E as crateras das obras públicas e da construção civil das últimas décadas com a corrupção inerente?

A credibilidade do país está ao nível como do ex-autarca de Marco de Canavezes, Avelino Ferreira Torres à saída do tribunal que lhe ilibou de todas as ilegalidades de que era acusado.
- Sejam sérios, sejam sérios, pelo menos uma vez na vida!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A guerra que você não vê


Há poucos dias atrás celebrou-se o décimo aniversário do atentado terrorista de 11 de Setembro de 2001, donde o facto mais relevante foi a queda das torres gémeas designadas por World Trade Center em NY, o 9/11 que mudou o mundo, para pior, diga-se de passagem.
O atentado foi terrorista e dele morreram milhares de pessoas, a grande dúvida subsiste; quem o ordenou, quem o planeou e quem o executou? Dúvida que permanece ainda no ar, perante todas as incongruências dos factos e das investigações semi-boicotadas, muitas delas efectuadas para baralhar e orientar a opinião pública para meias-verdades.

O documentário que segue em baixo, foi puxado do blog de Daniel Simões - Naturologia, realizado pela cadeia de televisão britânica ITV (???), mas a reportagem é extremamente incisiva, focando principalmente, os jornalistas de topo dos maiores grupos de média norte-americanos e britânicos, no relativo ao tema da enorme campanha de propaganda levada a cabo pelos líderes de então, a dupla famigerada, senão diabólica, Bush-Blair, para a invasão do Afeganistão e do Iraque.
Alguns jornalistas, reconheceram que deveriam ter sido mais assertivos, outros torcem-se mais para admitir que não estavam tão errados mediante a informação de que dispunham à época.
Mostra a parte que os povos da chamada comunidade internacional não viram.
As imagens das crianças mortas, soterradas, ameaçadas e das que ficaram sem pai nem mãe.
Ao que parece, as bombas amigas também matam... As imagens que passaram nos media, principalmente, são as de árabes maluquinhos da tola aos gritos e a dar tiros de metralhadora para o ar.
Todos consumiram, uma gigantesca operação de propaganda de contornos complexos, para dirigir a opinião dominante num determinado sentido.

Na realidade, não existe lado bom nestas questões. A triste verdade é que na guerra, disputam-se recursos naturais, poder geo-político e status-quo.
Ou seja, é tudo merda, onde crescem mentalidades do "nós contra eles" em ambos os lados, em que sempre, se elaboram argumentários; apaixonado/românticos, intelectuais, políticos e religiosos.
Factualmente, é que cada um dos lados, envia os filhos dos seus povos, para a queima, são a carne para canhão.
Se os soldados, de todas as guerras, soubessem a verdade dos verdadeiros interesses das suas hierarquias, muito provavelmente, não haveriam guerras.


sábado, 10 de setembro de 2011

Arco-íris

A aparência do arco-íris é causada pela dispersão da luz do sol que sofre refracção pelas (aproximadamente esféricas) gotas de chuva.
A luz sofre uma refracção inicial quando penetra na superfície da gota de chuva, dentro da gota ela é reflectida (reflexão interna total), e finalmente volta a sofrer refracção ao sair da gota. O efeito final é que a luz que entra é reflectida em uma grande variedade de ângulos, com a luz mais intensa a um ângulo de cerca de 40°–42°, independente do tamanho da gota. Desde que a água das gotas de chuva é dispersiva, a grau que a luz solar retorna depende do comprimento de onda e da frequência, principalmente. A luz azul retorna em um ângulo maior que a luz vermelha, mas devido a reflexão interna total da luz na gota de chuva, a luz vermelha aparece mais alta no céu, e forma a cor mais externa do arco-íris.

O arco-íris não existe realmente como em um local do céu, mas é uma ilusão de óptica cuja posição aparente depende da posição do observador. Todas as gotas de chuva refractam e reflectem a luz do sol da mesma forma, mas somente a luz de algumas delas chega até o olho do observador. Estas gotas são percebidas como o arco-íris para aquele observador. Sua posição é sempre na direcção oposta do sol com relação ao observador, e o interior é uma imagem aumentada do sol, que aparece ligeiramente menos brilhante que o exterior. O arco é centralizado com a sombra do observador, aparecendo em um ângulo de aproximadamente 40°–42° com a linha entre a cabeça do observador e sua sombra ( isto significa que se o sol está mais alto que 42° o arco-íris está abaixo do horizonte e o arco-íris não pode ser visto a menos que o observador esteja no topo de uma montanha ou em outro lugar de altura similar).
(fonte wikipédia)

Também segundo a wikipédia, um arco-íris (também chamado arco-celeste, arco-da-aliança, arco-da-chuva, arco-da-velha) é um fenómeno óptico e meteorológico que separa a luz do sol em seu espectro (aproximadamente) contínuo quando o sol brilha sobre gotas de chuva. É um arco multicolorido com o vermelho no seu exterior e o violeta em seu interior; a ordem completa é vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (ou índigo) e violeta. No entanto, a grande maioria das pessoas consegue discernir apenas seis cores, e o próprio Newton viu apenas cinco cores, e adicionou mais duas apenas para fazer analogia com as sete notas musicais.

Para ajudar a lembrar a sequência de cores do arco-íris, usa-se a mnemónica: «Vermelho lá vai violeta», em que l, a,v, a,i representam a sequência laranja, amarelo, verde, azul, índigo. Na língua inglesa é usada a mnemónica roygbiv. Ou a expressão " o que lá vai, lá vai ".

O efeito do arco-íris pode ser observado sempre que existir gotas de água no ar e a luz do sol estiver brilhando acima do observador em uma baixa altitude ou ângulo. O mais espectacular arco-íris aparece quando metade do céu ainda está escuro com nuvens de chuva e o observador está em um local com céu claro. Outro local propício à apreciação do arco-íris é perto de cachoeiras.

O arco-íris, também é uma forma da natureza de mostrar, que ninguém é dono da verdade. Ou seja, aos olhos de cada um e na interpretação individualizada de cada ser, existe a sua verdade, que pode ser total ou parcialmente diferente de outro.
Dessa forma a sobranceria, acaba por ser não mais do que ignorância.
Arrogância, será algo já, no campo da patologia mental e comportamental.
Na verdade, ninguém é dono da verdade das coisas, por exemplo, aos olhos de um cão existirá uma verdade, aos olhos de uma mosca, provavelmente outra. Quem pode afirmar que porventura, aos olhos de um louco internado institucionalmente, as chamadas pessoas ditas normais, não serão monstros.
Quem é normal? O que é ser normal? E quem é que quer ser normal?
Alegadamente a maior parte da sociedade humana segue a via da roboéxis - robotização existencial. É uma espécie de zona de conforto que não dá muitas chatices, tem quem decida por elas, estagnando a evolução consciencial em favor do condicionalismo.

Todos nós, vemos ilusões de óptica que tomamos como verdadeiras, que na verdade, não existem. Veja-se na sociedade humana, o seguidismo doentio por indivíduos, seja na política, na religião ou qualquer tipo de conglomerado de interesses.

Existem arco-íris, por todo o lado...



Pink Floyd - One Of These Days

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Assassinos económicos


Os assassinos económicos são indivíduos pagos por sistemas que objectivam liquidar a economia de um país para o controle dos seus recursos, sob várias formas, algumas até legais. No chamado primeiro mundo das civilizações ocidentais, das falsas democracias que abrangem a quase totalidade das nações apelidadas de modernas, ambientais e dos direitos humanos, na verdade, a questão é, como sempre foi, o controlo dos recursos e poder, e o poder corrompe absolutamente.

A nacionalidade destes "hitman killers" pouco importa, mas importa sim, a sua capacidade de persuasão e gestão psicológica de situações conjugadas em variadas situações previsíveis lógicas, ou não. Quando não conseguem atingir os objectivos previamente propostos, são enviados, numa segunda fase "os chacais", normalmente são operacionais de campo, de preferência locais, ou de outra forma mais directa, nativos que se conseguem infiltrar com maior percentual de eficácia. Estes, já não versados em diplomacia económica, tratam de tentar, limpar o assunto fisicamente.
Quando esta segunda fase falha a questão, então passa-se à fase seguinte do processo, a via militar e aí entra o longo braço militar com todas as complexidades que isso acarreta, principalmente no jogo político e por outro lado na capacidade dos departamentos da psique-militar.

A realidade que tomamos como certa, a circulação do dinheiro, os empréstimos à habitação, o dinheiro que temos depositado nos bancos, os pagamentos multibanco, todo isto, é na verdade um enorme logro, no fundo parece real, porque o utilizamos e mais, além de fazer parte da nossa vida, precisamos do sistema. O sistema, assente numa gigantesca fraude, apoderou-se do nosso dia-a-dia.

Em Julho de 1944, após a 2ª Guerra Mundial, no hotel Mount Washington, em Bretton Woods - New Hampshire, realizaram-se as célebres conferências de Bretton Woods, em que principalmente, resultou a desregulação da paridade da criação de moeda em relação ao ouro, com fim à re-capitalização do sistema financeiro do pós-guerra.
Em 1971, o Presidente dos E.U.A. Richard Nixon, perante pressões directas na procura directa do ouro, após uma desgastante campanha no Vietnam e contabilistícamente os States estarem falidos, Nixon suspende unilateralmente o sistema Bretton-Woods e em parceria com a Arábia Saudita (na qual, ainda mantém uma base militar, por causa das tosses) faz com que a OPEP passe a vender petróleo, somente em dólares. Nasce o petrodólar.
Quem quisesse adquirir esse precioso recurso natural, tinha de comprar dólares para a obter, diga-se de passagem, dólares impressos frenéticamente pelo tesouro americano, a que, o enorme consumismo norte-americano foi disfarçando a bolha que iria rebentar.
Começou em 2008 e ninguém sabe como vai terminar, apesar destas elites apátridas recrutaram pessoas muitos inteligentes e que as há, mesmo assim, quando se possa desencadear uma violenta avalanche, ninguém sabe por onde ela irá desembocar.

Ainda existem ciências não exactas ...



Publicado em simultâneo no Cheira-me a Revolução!